Ente/Vistas
Concedendo entrevista ontem 15 de agosto 2025 a Raphael Fuly, licenciando em música no IFF Guarus, sobre a minha trajetória com Arte dentro da ETFC/CEFET/IFF, de 1968 a 2012. Raphael é orientando pela queridíssima amiga Beth Rocha, parceira de grandes espetáculo de Teatro Musical que montamos no CEFET/IIF a partir de 1997, tais como “O Dia Em Que A Federal Soltou a Voz e Criou Um Coro de 67 Vertebrados”, espetáculo que foi apresentado em 1997 no Auditório Miguel Ramalho, marcando a chegada de Beth no CEFET/Campos e o meu retorno de uma licença prêmio para coordenar a Oficina de Artes Cênicas, que criei em 1975.
A entrevista foi realizada no Casarão - Centro Cultural, na Rua Salvador Correia, 171. Raphael Fuly, é integrande de uma banda formada por estudantes de música no IFF, contemplada em edital na lei Aldir Blanc, dia 22 deste a banda estará se apresentando no Museu Histórico de Campos, e um dos integrantes da mesma, Pablo Vinícius, que em 2022 participou do meu Projeto Geleia Geral – Semana de 22 – 100 Anos Depois, me pediu licença para nomear a banda com o nome Balbúrdia PoÉtica, o que imediatamente autorizei, e no dia 22 pretendo batizá-la tornado-a minha afilhada.
Como bem disse lá pelos idos de 2005, quando fui contemplado no projeto Poesia Na Idade Mídia – Outros Bárbaros, de Ademir Assunção realizado no Itaú Cultural São Paulo, no poema VeraCidade: - por quê trancar as portas/tentar proibir as entradas/se eu já habito os teus 5 sentidos/e as janelas estão escancaradas.
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VeraCidade
por quê trancar as portas
tentar proibir as entradas
se já habito os teus cinco sentidos
e as janelas estão escancaradas ?
um beija flor risca no espaço
algumas letras de um alfabeto grego
signo de comunicação indecifrável
eu tenho fome de terra
e esse asfalto sob a sola dos meus pés
agulha nos meus dedos
quando piso na Augusta
o poema dá um tapa na cara da Paulista
flutuar na zona do perigo
entre o real e o imaginário
João Guimarães Rosa
Caio Prado
Martins Fontes
um bacanal de ruas tortas
eu não sou flor que se cheire
nem mofo de língua morta
o correto deixei na Cacomanga
matagal onde nasci
com os seus dentes de concreto
São Paulo é quem me devora
e selvagem devolvo a dentada
na carne da rua Aurora
Obs.: em 2023 quando fui convidado por Sylvia Paes, para voltar a prestar serviços na Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, escrevi o projeto Campos VeraCidade, que até hoje está engavetado, porque não há interesse na gestão pública da cidade, em fomentar um projeto de Arte Cultura, que reflita profundamente sobre a cidade, no que ela foi, o que ela é e o que ela pode ser.
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Leia mais no blog
Artur Gomes A Biografia de Um Poeta Absurdo
https://fulinaimargem.blogspot.com/
As fotos são de Nilson Siqueira
gosto de sentir o vento
dentro
me roçando me entrando
o ventre
como um cavalo selvagem
quando pasta
e arrasta
todo cio todo ócio
que me entrego inteira e nua
a quem me-quer
Gigi Mocidade
www.porradalirica.blogspot.com
fé cega faca amolada
não quero paz
nem harmonia
nessa ordem do dia
procuro a lucidez
na desordem da orgia
Beatriz Gumes
eu quero a lucidez
na desordem da orgia
não sou a puta
desta ordem nacional
prefiro ser a outra
bem safada e imoral
meu coração é satânico
esfola e mata
no reverso da moral
Federika Bezerra
https://personasarturianas.blogspot.com/
eu quero o sal
da tua pele nua
lamber a lua
pelos teus vãos da coxa
não me engano
esses teus dois olhos de anjo
escondem um diabinho
por baixo dos panos
Federika Lispector
https://www.facebook.com/giginua/
sem planos
os panos ficam leves
deslizam descem voam
para baixo dos pés
e mostra o que realmente
és
Federico Baudelaire
https://www.facebook.com/giginua/
por toda pele nua
onde a linguagem voraz
penetra a carne crua
e no delírio eu possa
ter-te estrela
em noite à luz
da lua
Artur Gomes Gumes
https://www.facebook.com/giginua/
delírios
quantos serão precisos
para aplacar a fome
quantos serão desejos
entre as entranhas
dentes
em quantos beijos
matarei a sede
de matar o infame
golpe
do teu presidente
Federika Lispector
https://www.facebook.com/giginua/
o coração dispara na velocidade 2019 luz gasolina gás custa os fios de cabelos da cabeça nesse país em mar que não tem cais
Pátria A(r)mada
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